Texto: Por quê pensar?
Questões do Texto: Por que pensar?
1. Primeira: As condições que destroem a capacidade de pensar também destroem a vida, contudo, a felicidade. Estamos num período de transição pragmática, onde pensar é o primeiro passo que devemos dar antes de tudo. Transições são artifícios em que há descontinuidades, desordens de escalas, agitações e o pensamento estabilizado, em outros períodos, tem dificuldade em se adaptar às turbulências.
Segunda: Essa nova fase, em razão da ação e mobilização necessária, não dispensa perceptibilidade e, para as pessoas se mobilizarem para as lutas sociais têm que ter razões próprias, ou seja, não podemos confiar em quem pensa por nós. O momento fundamental que se tome note de que neste período precisamos de um pensamento que permita essa mesma lucidez para ação e mobilização. Na fase de transição é perigosíssimo dividir a busca da verdade da busca do bem, e questões intelectuais, morais e políticas que se misturam. Nunca como hoje o pensamento público esteve tão ligado a interesses minoritário, porém, poderosos que avaliam a sociedade - quer pelo que mostram dela, quer pelo que ocultam, em função dos benefícios que podem colher dela.
Terceira: Nem tudo está pensado. O possível, por ter mais energia, é mais rico que o real. Por isso, não é legítimo reduzir o real ao que existe. Há alternativas e o importante é que o pensar que os permite ver seja o mesmo que os permite avaliar. Só assim poderemos distinguir as boas das más alternativas. O pensamento alternativo caracteriza-se pela centralidade da hermenêutica da emergência.
Quarta: Pensar não é tudo, a lucidez das nossas ações pressupõe que elas sejam pensadas, mas se forem só pensadas nunca serão ações. Além de agir nós temos que sentir, e pricipalmente criar formas de pensamento que sejam mais acolhedoras às emoções, ao corpo, aos afetos, aos sentimentos. Aqueles que se atribuem a só pensar, passam a vida a espalhar a morte no que escrevem, a mesma