Texto politeia e virtú
“Diz honestamente Sidney, ‘t´ were better for us to be guided by him, than to follow our own judgement; nay, I could almost say, t´were better to serve such a Master than to be free’”. (p. 23, 24)
“Não obstante, estes ‘pré-socráticos’ nem de longe atingiram a complexidade da elaboração de problemas políticos a que chegou o socratismo. Pode-se dizer a esse respeito, que Sócrates marca para a filosofia o momento em que ela se volta decididamente para a pólis, refletindo sobre as dificuldades nascidas do face a face entre ambas.” (p. 24)
“Notemos desde logo que entre as coisas eternas de que se ocupa o filósofo não se incluem os deus pois, como diz seu novo discípulo, para Sócrates, Zeus não existe, quem governa o mundo é o Turbilhão.” (p. 25)
“Diz-nos a Ética a Nicômaco (L. VII, 1162a) ‘A família é anterior à pólis e mais necessária do que esta’. Entretanto, a família necessita da pólis para se desenvolver em segurança e é a proibição do incesto que obriga a família a transbordar para a esfera mais ampla da pólis. Esta proibição é como que a ponte natural entre ambas.” (p. 26)
“Encapsulado neste divino solipsismo, este Sócrates não ignora apenas os outros; ou melhor, ignora os outros porque desconhece a natureza humana, as várias pulsões, por vezes heterogêneas, de que se compõe a alma humana. Por isso, este puro teórico é incapaz de avaliar os efeitos devastadores que seu conhecimento ou, melhor, sua indiferença à prática e à justiça pode acarretar quando adotado indiscriminadamente por outros. Confiado em seu logos (razão), ele se esquece do poder desde a-logos