Texto narrativo
ART. I. DEFINIÇÕES
1. O raciocínio, em geral, é a operação pela qual o espírito, de duas ou mais relações conhecidas, concluí uma outra relação que desta decorre logicamente. Como, por outro lado, as relações são expressas pelos juízos, o raciocínio pode também definir-se como a operação que consiste em tirar de dois ou mais juízos um outro juízo contido logicamente nos primeiros.
O raciocínio é então uma passagem do conhecido para o desconhecido.
2. O argumento é a expressão verbal do raciocínio:
3. O encadeamento lógico das proposições que compõem o argumento se chama forma ou conseqüência do argumento.
As próprias proposições formam a matéria do argumento.
A proposição a que chega o raciocínio se chama conclusão ou conseqüente, e as proposições de onde é tirada a conclusão se chama coletivamente o antecedente:
O homem é mortal. Ora, Pedro é homem (Antecedente).
Logo, Pedro é mortal {Conclusão).
4. Conseqüência e conseqüente. — Estas definições permitem compreender que um argumento pode ser bom para a conseqüência e mau para a conclusão ou conseqüente.
Por exemplo:
Todo homem é imortal Conseqüência boa.
Ora, Pedro é homem. Conseqüente mau.
Logo, Pedro ó imortal. Do mesmo modo, um argumento pode ser mau para a conseqüência e bom para a conclusão ou conseqüente. Seja:
O homem é livre.
Conseqüente bom.
Ora. Pedro é homem. Conseqüência ma.
Logo, Pedro e falível.
5. A inferência. — O termo inferência é muitas vezes tomado como sinônimo de raciocínio. Na realidade, tem um sentido multo geral e se aplica não somente a toda espécie de raciocínio’ (dedução, indução), mas também, embora menos propriamente, às. diferentes operações de conversão (19). Servimo-nos, neste último-caso, do termo inferência imediata.
Art. II. DIVISÃO
21 Como o raciocínio consiste em se servir do que se conhece