Texto literatura
Relembro de quão dolorosos são os fracassos humanos. As decepções são capazes de realizarem mudanças grandiosas no comportamento de todos aqueles que se deparam com essas situações necessárias em nossas vidas.
Quando buscamos um objetivo nós entregamos por inteiros na crença de que tudo dará certo. Passamos a idealizar um futuro voltado à nossa conquista, e quando ela não vem, a angústia ocupa o lugar dos planos que se formavam em nossas mentes.
A dor é fruto mais nocivo dessa desilusão. O ressentimento é uma sensação de um dever que não fora cumprido, nos faz sentir incompetentes. Só relevamos os erros, e toda trajetória percorrida não vale de nada, já que tudo que ansiávamos, não conseguimos alcançar.
Carlos Bernardo González Pecotche, autor do livro “Bases Para Sua Conduta”, ao tratar dos fracassos, nos indica que as angústias devem ser sofridas, e que estas devem servir de ensinamentos. Raumsol diz também como os sentimentos dolorosos podem atingir nosso emocional, e que as nossas lutas devem ser encaradas sem medo algum das derrotas. Ao analisarmos a proposta de Raumsol enxergamos as lembranças do fracasso sem um peso tão profundo. Ao recordar nossas experiências percebemos o quanto foram fundamentais para nosso crescimento intelectual e emocional.
Uma analogia feita pelo autor nos propõe a não esperarmos apenas pelo êxito. “Não se deleite nunca com as flores que o elogio prodigaliza, porque, se em lugar delas você receber de vez em quando alguma pedra, por pequena que seja, ela lhe parecerá enorme e, sem dúvida, você aumentará muito o dano sofrido.” E como tudo serviu de provações, os obstáculos que surgirem após as derrotas já serão encarados com consciência de que nem sempre o que planejamos é o mesmo que nosso destino nos reserva.
Que estejamos preparados para uma provável derrota. A felicidade terá então que funcionar como um escudo contra as amarguras das nossas decepções. Cada luta tem seu proposito, por isso sejamos