Texto Infancia No Brasil Imperio
Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 2, Volume jan., Série 24/01, 2011, p.01-09.
Pensando na história da família e infância no Brasil, desde seus primórdios até os dias atuais, sem duvida, os educadores podem visualizar de forma mais completa conceitos que interessam ao exercício de seu oficio.
Foi com este intuito que, anteriormente, publicamos artigos que abordaram esta temática durante o período colonial.
Agora, dando prosseguimento ao estudo da sensibilidade brasileira, tentaremos estabelecer uma ponte entre a origem mais remota do modo de lidar com as crianças e o contexto presente, através da época imperial.
Assim esperamos contribuir para a construção de uma visão panorâmica do passado que venha a servir para construir um futuro sobre bases mais solidas.
A importância de conhecer a história esta inserida, justamente, em uma tentativa de compreender melhor o presente e a realidade de hoje, para poder planejar melhor o futuro, espelhar-se nas experiências que deram certo no passado e evitar os mesmos erros que foram cometidos.
Além disto, poderemos observar como o tratamento da sociedade para com as crianças foi também sendo modificado.
Embora as práticas contemporâneas em voga possuam raízes em um passado que parece muito distante, na verdade estão próximas.
Disciplina e brincadeiras no período Imperial.
Durante a colonização do Brasil, entre 1500 e 1822, o cotidiano das crianças esteve envolto na exploração da mão de obra infantil.
No entanto, a educação entre os indígenas foi diferenciada, depois assimilada pelo sistema educacional implantado pelos jesuítas.
A expulsão deles do Brasil e a reforma do ensino implantada pelo Marquês de Pombal, fez com que os padres fossem substituídos por sargentos, então atuando como professores.
Por maior que fosse o esforço pombalino em instituir nos colégios uma disciplina militar, entre as crianças, graças à influência indígena e africana, na esfera privada, as