texto gotico
Foi em uma dessas idas ao mercado que o garoto viu uma caixa de sucrilhos em tamanho família com o desenho de vários monstros no verso. “Contém um personagem”, estava escrito na caixa. Uma das melhores sensações daquilo era o mistério em saber como exatamente era o brinde. Na caixa só havia um desenho, e não uma foto do boneco. Somente quando Fred abrisse a caixa é que saberia o que havia lá.
Não foi fácil convencer os pais a comprar aquele cereal, pois ainda tinham uma caixa quase cheia – e o menino estava enjoado de tanto comer aquilo. Mas, no fim, ele conseguiu o que queria. Ao chegar em casa, foi correndo colocar a mão nos grãos torrados de milho até encontrar o brinquedo. Quando o tirou de lá, ficou olhando admirado. Era o conde Drácula, naquela versão com capa de golas altas e rosto pálido. Pequenino, mas com perfeição nos detalhes, incluindo até os dentes pontiagudos. Assim que o viu, Fred percebeu que aquele seria seu brinquedo favorito durante semanas. Naquele dia, aonde ele fosse, levava o vampiro junto. Só se separou dele na hora de dormir, quando o depositou na estante, em pé, ao lado dos índios, dos dinossauros e dos marcianos, todos brindes do interior de alguma caixa.
Na manhã seguinte, Fred não percebeu que havia um boneco faltando em sua coleção. Estava