TEXTO EXPOSITIVO
Vivemos em uma sociedade de discursos que, a cada momento, inventa e reinventa formas de comunicação. O gênero expositivo vem atender, de algum modo, a demandas específicas, ligadas ao saber, que precisa ser textualizado e a uma cultura que precisa ser transmitida e incorporada. Enfim, são textos relacionados ao conhecimento científico e ao conhecimento, de algum modo, sistematizado por instâncias legitimadas de produção de saberes. Vale destacar que o discurso expositivo tende a lançar mão, ora de estratégias descritivas, ora de estratégias argumentativas, como modo de alcançar o objetivo com o qual expõe determinado assunto e, ainda, seus leitores previstos.
Dominar os gêneros textuais em que o discurso expositivo se manifesta significa apropriar-se de melhores meios e de melhores condições para a própria aprendizagem a fim de desenvolver a produção desses saberes, que deve acontecer na escola – espaço privilegiado de produção de saberes. Significa melhor apropriar-se da cultura letrada, podendo estar mais capacitado para participar de situações em que esse discurso é exigido. Assim, é preciso saber expor um ponto de vista em uma palestra, saber explicar uma situação ou fenômeno, saber relatar experiências de pesquisas, participar de um seminário, produzir resenhas de diferentes gêneros, saber anotar o que é necessário, saber resumir, dentre outras capacidades. Não propiciar condições para que o aluno se aproprie e desenvolva esse saber é uma forma de excluí-lo de um mundo letrado e, consequentemente, de impedi-lo de participações sociais e coletivas, onde esse saber circula. Portanto, esse seria um corte na cidadania.
Condições prévias para ensinar
Uma das condições básicas para se aprender esse tópico é ter o domínio dos gêneros textuais ligados ao enunciado expositivo. Esses gêneros possuem estruturas que partem, em geral, de uma constatação, saindo para a problematização e, em seguida, uma explicação, constituindo uma conclusão, a