Texto estudo dirigido -o papel do design no pós guerra: o caso alemanha – japão – itália
INTRODUÇÃO
Somente em meados dos anos 50 terminaram os efeitos da austeridade do período de guerra. Na Inglaterra, por exemplo, o racionamento foi até o início da década e os países vencidos – Itália, Alemanha e Japão – inevitavelmente levaram um tempo até se estabelecer novamente no mercado mundial do pós-guerra. Ironicamente, quando conseguiram, foram justamente esses países vencidos, mais do que os vitoriosos que foram bem sucedidos em usar efetivamente o design na sua reconstrução econômica. Por volta de 1955 cada um desses países havia desenvolvido uma política e estilo de design sofisticados que os ajudaria a restaurar sua identidade e confiança nacionais. Os países que emergiram vitoriosos do conflito – entre eles a Grã-Bretanha, França e Estados Unidos – ficaram estagnados no que diz respeito à deliberada exploração econômica do design. A França, por exemplo, uma influência tão forte nas artes decorativas internacionais durante o século XIX e início do XX, falhou em transferir suas energias para o desenvolvimento de uma estética de design industrial depois da guerra. O período de maior influência dos Estados Unidos sobre o design internacional foram os anos de guerra. A conjugação do estabelecimento da profissão de consultor de design e a criação de um novo estilo para os bens de consumo elétricos e mecânicos forma sua marca naqueles anos [...] Cada vez mais, a partir dos anos 50, os Estados Unidos olhavam para a Europa em busca de inspiração, ao menos onde design fosse sinônimo de alta cultura e bom gosto. Quando o assunto era estilo de massa, entretanto, um outro quadro estava rapidamente emergindo. O legado da América para o mundo do pós-guerra foi duplo. De um lado a estrutura profissional para a prática do design industrial estabelecida por homens como Walter Dorwin Teague (1883-1960) e Norman Bel Geddes (1893-1952) foi seguida em escala mundial e escritórios de consultoria em design