texto dissertativo a voz do coração
A música ou, mais propriamente dito, o canto coral, serve de leitmotiv para Les Choristes, o titulo original, drama francês de 2004, com 95 min de duração. O diretor Christophe Barratier, conduz com competência Gérard Jugnot (inspetor Clémente Mathieu), François Berléand (diretor Rachin), Jacques Perrin(Pierre Morhange), Didier Flamand (Pépinot) e de todos os demais. Os atores mirins, em especial, são bem preparados.
A delinquência infantil e juvenil, tão propalada hoje em dia, já era preocupante no pós Segunda Guerra Mundial, bem como sempre foi. Percebemos também que o caráter repressivo de algumas instituições, que abrigavam os tais, sempre teve o contraponto de figuras mais ousadas e liberais.
O filme é singelo em sua proposta não trazendo grandes arroubos de linguagem e narrativa, porém é bastante eficaz em nos emocionar. O clima da época é transmitido através de figurinos, cenários, adereços, objetos de cena, costumes, música. Contudo, a iluminação não tem o tom característico em trabalhos desta natureza.
Indicado ao Oscar de 2005 de melhor filme estrangeiro, perdeu para Mar Adentro, de Alejandro Amenábar.
Em um plano geral, com a câmera fixa, provavelmente da cidade de Nova Iorque, onde se avista uma bandeira norte americana tremulando, bem no centro da tela, temos o início da trama.
Desta maneira, localizados geograficamente, passamos para um plano mais fechado do interior de um camarim onde vemos o maestro Pierre Morhange, deitando, concentrando-se, ou relaxando, para o concerto que dará. Nisso recebe a notícia da morte de sua mãe. Em seguida, vemo-lo regendo à orquestra bastante emocionado.
De volta à Paris, é surpreendido com a visita de um senhor, o qual identifica-se como Pépinot, parceiro do internato Fundo do Poço. A princípio, o maestro demonstra surpresa e certa desconfiança e, depois, alegra-se ao se lembrar do interno mais jovem de sua época.
Através do diário de Mathieu, eles têm