Texto descritivo
Texto descritivo
Objeto de análise: Centro da cidade na noite dos namorados (12 de Junho) Ah, os namorados... Coisa mais interessante é sair, assim, sem compromisso, em noite de 12 de Junho. Amores palpitando à espera do presente, da surpresa... Enquanto as luzes do comércio se apagam e todos correm para seus próprios umbigos, as das praças, pubs e avenidas acendem-se como quem aguarda ansioso por uma noite de magia, diferente de todas demais. O barzinho ao lado da praça, hoje decorado especialmente para a ocasião, já ecoa em voz e violão ‘Eu sei que vou te amar’ e os jovens casais já começam a chegar, expondo sua nova conquista na vitrine. O frio de Junho aproxima ainda mais os corpos e os corações, as delicadas garrafinhas em cima da mesa, cada uma deixando pendente um dos símbolos do amor, revelam que a noite é só deles. Ah, os namorados... Mas eles não estão a sós. Alguns desavisados, digo, ousados, mesmo sozinhos, insistem sair de casa na noite da magia. Esperam encontrar o par perfeito justamente nessa noite, ou apenas não conseguiram ficar acompanhados da solidão em suas casas? O fato é que junto desse clima de romantismo e mãos dadas, há também angústia e solidão. Aqueles discursos de ‘solteira, mas feliz’, ‘antes só do que mal acompanhado’, ‘solteiro sim, sozinho nunca’, simplesmente caem por terra em 12 de Junho. Afinal, dentre tantas sensações e expectativas diversas, tudo que cada coração quer é o calor de um amor verdadeiro.