Texto de Vladimir Freitas Advocacia como desejo
Por Vladimir Passos de Freitas - Advogado e Professor - Ex- Desembargador Federal do TRF 4ª Região.
O estudante de Direito, ao chegar ao 9º período, começa a preocupar-se com o “sexto ano”, ou seja, com a sua definição profissional. A insegurança alcança a muitos e a pressão dos pais, parentes, vizinhos agrava a situação. De sobra, há o TCC e o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, levando muitos a um estresse que chega prematuramente às suas vidas.
O lado bom é que o Direito é, de todos, o curso que abre o maior leque de opções. Desde concursos para uma grande quantidade de carreiras, via de regra com bons vencimentos, até atividades paralelas, como oferta de serviços de apoio ou consultoria em administração de escritórios de advocacia.
Todavia, a grande maioria irá para a advocacia, pois, evidentemente, é o local que absorve o maior número de profissionais. E aí é preciso avaliar bem o mercado de trabalho, as áreas menos exploradas e se a opção será entrar, como empregado, em uma empresa, em um escritório, ou abrir o seu próprio espaço de trabalho com um ou mais colegas da faculdade.
No âmbito de assalariados, a Consultoria Salomon e Azzi, especialista em recrutamento de advogados, considera o momento atual bom para os jovens. Segundo levantamento feito para a cidade de São Paulo, “o cargo tem apresentado remunerações atraentes, variando de 10 mil a 27 mil reais, dependendo do porte da empresa, de acordo com pesquisa salarial realizada pela consultoria em sua base de dados” (http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/quanto-ganham-os-advogados-no-brasil/).
A pesquisa da consultoria fornece alguns dados interessantes. Um advogado júnior de uma pequena empresa está recebendo o mínimo de R$ 3.200,00. Um advogado pleno de empresa, em média R$ 6.100,00. Um advogado sênior em escritório de contencioso tributário, de R$ 8.360,00 a R$13.750,00. O gerente jurídico de uma empresa de grande porte, até R$ 27.000,00 e