Texto de filosofia
Fabrício Oliveira
O mundo está povoado por conceitos diversos, conceitos esses, muitas vezes, acerca de um mesmo assunto, ficando apenas no campo dos julgamentos e não se percebe uma movimentação universal para coibir certos conceitos com o uso do raciocínio, da análise, da apreciação, apenas todos querem dar contribuições dedutivas mesmo em nada contribuindo, com a simples atitude do medo de não dizer nada. Mas por trás da cortina do mundo, há significados, definições, sentido para cada assunto que tratamos no dia a dia, pelo que muitos ignoram por não desenvolverem a capacidade de criticar, ficando à margem daqueles que os interpelam ou que evocam sobre si o atrevimento de se dizer conhecedores de algo. Façamos então uma definição a partir de duas maneiras de se conhecer, duas definições que não pertencem apenas ao mundo filosófico, mas são uma visão geral; a Doxa e a Episteme.
Doxa é uma palavra grega que significa opinião, ou simplesmente aquilo em que se acredita sem embasamento. Em sentido rigoroso, é quando se faz um juízo a respeito de algo sem se importar com uma verdade demonstrada, baseada em razões apenas prováveis, aderindo-se a uma ideia apenas para se ter o que dizer.
Segundo Platão, o objeto da opinião propriamente dita é formado por uma realidade, é precária e passageira, sem grande fundamento, portanto, transitória, não podendo por muito tempo se sustentar.
A Doxa é comparável ao Senso Comum, quando o conhecimento se adquire, ora por tradição, ora pela interpretação da realidade, onde se acrescentam os resultados da experiência vivida e muitas vezes na coletividade a que se pertence. Mas é preciso enfatizar que o nível de conhecimento precisa ser levado em direção a uma abordagem mais crítica e coerente, e nesse requisito, a Episteme se porta bem diferente da Doxa.
Se por um lado a Doxa se fixa na opinião, por outro, a Episteme se ocupa principalmente com a análise do significado.
Episteme, (Epistemologia), palavra grega