Texto completo
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N A R R A T IV A E N A R R A D O R E S
N O E N S IN O D E H IS T Ó R IA
Ana Maria M onteiro *
Na verdade, se dizer a palavra é transformar o mundo, se dizer a palavra não é privilégio de alguns homens, mas um direito dos homens, ninguém pode dizer sozinho a palavra. Dizê-la sozinho significa dizê-la para os outros, uma forma de dizer sem eles e, quase sempre, contra eles. Dizer a palavra significa, por isso mesmo, um encontro de homens. Este encon tro que não pode realizar-se no ar, mas tão somente no mundo que deve ser transformado, é o diálogo em que a realidade concreta aparece como mediadora de homens que dialogam.
Paulo Freire
Ao investigar os professores, seus saberes e suas práticas num a perspectiva que reconhece sua subjetividade e autoria no processo de ensino1 uma questão emerge
,
com força, tela sobre a qual se inscrevem saberes e práticas: como eles próprios veem esse processo, que aspectos são por eles mais valorizados? Qual é, para eles, o significado do ensino de História?
‘Professora da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisadora do Núcleo de Estudos do Currículo - NEC da FE/UFRJ. Doutora em Educação pela PUC-Rio.
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^ponder a estas questões, os professores falaram sobre seus modos de 1
/ e, indiretamente, sobre objetivos e fins do ensino:
.. .que ele entenda o processo, as condições históricas que permitiram aquele processo... que os fatos, acontecimentos, os movimentos, eles não estão soltos, não estão sozinhos, eles têm relação... e é muito difícil para o aluno estabelecer relações... (Lucia)
A outra questão é a questão relacionai, procurar trabalhar com as relações, sempre buscando