Texto Com base científica - Síndrome do ossos de vidro
Carmem Lia Martins MoreiraI; Maria Angelica de Faria Domingues LimaII; Maria Helena Cabral de Almeida CardosoI; Saint Clair dos Santos Gomes JuniorI; Paula Bacellar LopesI; Juan Clinton Llerena JuniorI
IDepartamento de Genética Médica - Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança Fernandes Figueira - Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro - RJ
IIGenética Médica - Instituto Nacional do Câncer, Rio de Janeiro - RJ
Correspondência
RESUMO
OBJETIVOS: Investigar o processo de locomoção em pacientes com osteogênese imperfeita (OI) e os fatores que o influenciam, sublinhando pontos clínicos relevantes à reabilitação motora.
MÉTODOS: Estudo transversal, retrospectivo, realizado no ambulatório de fisioterapia motora do Instituto Fernandes Figueira. Foram incluídos todos os pacientes com diagnóstico clínico de OI. Foram excluídos os que apresentavam comorbidades e idade inferior a dois anos. Utilizou-se o Epi-Info versão 3.4 para construção do banco de dados e o SPSS versão 15 para análise estatística. Foi calculado risco relativo para mensurar associação de características clínicas com a marcha independente, adotando-se nível de significância de 5% para as análises.
RESULTADOS: Foram incluídos 69 pacientes. Dentre eles, 43,5% tinham OI tipo I; 37,7% tipo III e 18,8% tipo IV. 76,8% apresentavam deformidades em ossos longos. Observou-se associação negativa entre hipotonia, número de fraturas e marcha independente e positiva entre marcha independente e OI tipo I.
CONCLUSÕES: A clínica fisioterápica, como complementar à ortopédica e à administração de fármacos da família dos bifosfonatos, é de fundamental importância para a reabilitação da capacidade motora dos indivíduos com OI. Nivel de Evidência, estudos transversais.
Descritores: Fisioterapia. Osteogênese imperfeita. Marcha. Limitação de mobilidade. Estudos transversais.
INTRODUÇÃO
A Osteogênese Imperfeita (OI) é uma condição