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Aula 04 História de Psicologia - Prof. William B. Gomes, PhD - 2005
Idade Moderna e Individualidade
A Revolução Científica
Leslie Spencer Hearnshaw
(Excertos)
Hearnshaw, L. S. (1987). The shaping of modern psychology
(Capítulo 5, pp. 49-62). London: Routledge.
(Colaboram na tradução deste texto:
Francine Eickhoff, Paula Sandrine Machado e Tatiana Weiss Ribeiro.
Revisão e edição de W. B. Gomes.) - Traduzindo para fins de ensino.
O uso do termo ‘ciência’ no sentido que entendemos hoje data apenas do início do século XIX, e a designação ‘cientistas’ apenas de 1840. A ciência, entretanto, é muito mais antiga que o termo e muito mais antiga que o mundo moderno. É, realmente, impossível fazer uma clara distinção entre o conhecimento científico e o conhecimento prático de todo o dia. Os homens e até os animais sempre tiveram que adquirir algum conhecimento sobre seu ambiente. Tão hábeis com as desenvolvidas áreas da metalurgia, agricultura e medicina, também inevitavelmente acumularam informações sobre a natureza orgânica e inorgânica, enquanto tanto a navegação quanto a agricultura dependiam do calendário, e isso exigiu um registro sistemático do fenômeno celestial. As civilizações precoces do Meio Ocidente adquiriram os rudimentos da ciência, e todas as civilizações subseqüentes adquiriram algum conhecimento científico. Needham havia mostrado os consideráveis empreendimentos da ciência chinesa e até propôs que suas idéias haviam influenciado um eminente pensador ocidental como Leibniz. Os Hindus fizeram importantes contribuições para a aritmética e a álgebra. Todavia foram os gregos que assentaram as bases essenciais da mentalidade científica, o nosso conhecimento por ciência como o que é abstrato, generalizável e baseado em princípios, que é público e testado, não esotérico, organizado e coerente, sujeito à correção e, quando possível, experimentalmente e matematicamente sedimentado.
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