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GESTÃO: INDÚSTRIAS CRIATIVAS

GESTÃO

Indústrias criativas A

s indústrias criativas emergiram como um novo setor de elevado potencial econômico e social. Redefinindo velhas fronteiras, como as que separavam negócios de cultura, elas trazem novas perspectivas sobre a geração de valor, a partir da transformação de idéias criativas em produtos e serviços de crescente interesse entre os consumidores. Este artigo analisa o surgimento desse setor econômico complexo e pouco explorado, e aborda alternativas para seu desenvolvimento.

IMAGEM: YARA MITSUISHI

por Paul Jeffcutt Queen’s University

Há algumas décadas, se alguém fosse interrogado sobre o que é criatividade e qual sua utilidade, talvez não tivesse dificuldade em dizer que ela é uma qualidade com a qual poucas pessoas têm o privilégio de contar. Em geral, apenas artistas, poetas, escritores, pintores e outros indivíduos interessados em cultura eram vistos como tendo ou preci-

sando de criatividade; afinal, seu trabalho dependia de inspiração e criação. Nessa perspectiva, a criatividade é quase um dom sagrado, algo restrito às artes e à cultura.
Entretanto, mudanças importantes ocorreram na maneira de conceber a criatividade. Observadores atentos não terão dificuldade em perceber o quanto esse termo se tor-

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senvolvimento de cidades, regiões e até mesmo países.
Igual interesse tem sido despertado entre os empreendedores, que vêem nas indústrias criativas novas possibilidades de negócios
Como podemos caracterizar esse novo setor econômico? As indústrias criativas são comumente definidas como todas aquelas atividades que têm sua origem na criatividade, no talento e nas habilidades individuais, mas com potencial para a criação de riqueza e empregos por meio da geração e exploração da propriedade intelectual. Elas incluem setores-chave como arquitetura, artes, moda, cinema, softwares interativos, música, publicidade, rádio e