Texto 4 Paradigma Educacional Emergente
- IPATINGA CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO
BIBLIOGRAFIA:
MORAES, M. C. O paradigma educacional emergente. Revista “Em Aberto”, Brasília, ano 16. n. 70, abr./jun. 1996. Disponível em: http://rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/1053/955. Acesso em: 14 de Fev/2015.
O PARADIGMA EDUCACIONAL EMERGENTE
1. INTRODUÇÃO
Depois de mais de 20 anos participando de processos de planejamento e de coordenação de políticas públicas relacionadas ao uso das tecnologias educacionais no Brasil, desde os primórdios da instrução programada, passando pela TV e Rádios educativos e até as mídias digitais que se encontram na pauta do nosso dia a dia, percebemos que a grande maioria dos problemas atualmente existentes na área educacional persiste há várias décadas.
Novos programas e projetos foram sendo criados e recriados e os velhos problemas continuavam em constantes “listas de espera”. Soluções fragmentadas, dissociadas da realidade presentes na maioria dos programas e projetos governamentais mudavam detalhes do exterior, entretanto, sem provocarem mudanças internas e revolucionárias nas condições de aprendizagem dos alunos. Tais mudanças eram incapazes de gerar uma força renovadora que colocasse em pauta novas idéias, novos ideais e novas práticas de ensino e de aprendizagem. As ações governamentais empreendidas, tanto nas décadas de 70 e
80 como em meados da década de 90, não provocavam mudanças importantes nos processos de ensinoaprendizagem, e não levavam em consideração como é que a criança aprende, como ela constrói o conhecimento e desenvolve sua autonomia intelectual e moral. E, desta forma, apesar dos pesados investimentos de recursos públicos nos programas e projetos governamentais até então desenvolvidos, as taxas de analfabetismo, de evasão, de repetência continuavam sempre altas, apresentando também baixa qualidade do ensino ministrado além de tantas outras mazelas presentes na educação brasileira nos últimos
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