Texto 10
A perspectiva de Gramsci sobre o homem e o trabalho: Análise Fordista
Antonio Gramsci foi um dos maiores pensadores esquerdistas do século 20. Ele sempre acreditou que os instrumentos de mudanças mais eficazes seriam os intelectuais, com a utilização da escola como instrumento de revolução proletáriada. Sua concepção de trabalho está muito próxima da de Marx. Gramsci foi um grande responsável por generalizar o termo fordismo o associando à forma de vida racionalizada que define a forma de vida em conjunto com o trabalho que se exerce:
"..Um novo tipo humano, em conformidade com tipo de trabalho e de processo produtivo(...) Uma mão de obra estável, um conjunto humano (o trabalho coletivo) (...) Uma máquina que não se deve desmontar nem avariar demasiadas vezes nas suas peças indivíduais..."
(Gramsci, 1974, p. 146, 168)
Gramsci acreditava que o tipo de trabalho que o índividuo exerce está totalmente ligado a seu modo de viver e pensar, influenciado intrísecamente sua forma de vida. O autor, em seu atigo "americanismo e fordismo", procura tratar as várias ramificações que o sistema de produção teve pelo mundo, desde o fordismo nos EUA (Detroid, Michigan) até o Fordismo periférico que se difundiu numa perspectiva avariada e excludente. O autor reconhece o fordismo não só como uma simples forma de produção, mas sim um contexto que se expande para toda a sociedade sob caráter político, cultural e ideológico, originando assim o Americanismo. Para nosso autor, esta forma de produção em massa, bem como outras já conhecidas, exarceba demasiadamente o "financeiro", esquecendo-se do valor do trabalhador, tornando-o apenas uma peça-chave que suprima as necessidades produtivas existentes. A "ética protestante" também deixa claro, a direcionalidade principal ao trabalho. Diferentemente dos Estados Unidos, país que sempre obteve a mão-de-obra proletária, no continente Europeu, o sistema de produção Fordista