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Colocar as pessoas no coração da estratégia é crucial. Mas por que tão poucas empresas conseguem realmente fazer isso?
Por Mariana Lemann, de Londres
“As pessoas são nosso maior patrimônio.” Quando se ouve essa frase nas empresas, a reação é, quase sempre, de aborrecimento. Ninguém se entusiasma mais com ela. É que, de tanto ser pronunciada em vão, ficou ecoando no vazio. Isso porque, na prática, poucas empresas reconhecem a importância dos funcionários para o seu negócio. Deixar as pessoas fora da estratégia empresarial não é, porém, mais uma questão de escolha. Na briga pelo conhecimento, as empresas estão na mão de seus funcionários. Essa idéia tornou-se uma espécie de mantra da psicóloga inglesa Lynda Gratton, professora do MBA da London Business School, defensora incansável da valorização do capital humano. Lynda é também fundadora e diretora do The Leading Edge Research Consortium, um dos centros de pesquisa da LBS que estuda a relação entre estratégias corporativas e as pessoas. Como consultora, ela trabalha para empresas como Citibank, Glaxo Welcome, HP, Kraft Jacobs, Nortel e Unilever. O resultado de dez anos de pesquisas está no livro Living Strategy: Putting People at the Heart of Corporate Purpose (Vivendo a estratégia: colocando as pessoas no coração das empresas), recém-lançado na Inglaterra. O livro fornece um guia de como desenvolver estratégias que priorizem as pessoas e que façam sentido para elas. Nesta entrevista a EXAME, Lynda fala sobre o que os executivos precisam entender em relação às pessoas na empresa e sobre o que as pessoas precisam entender a respeito das estratégias das organizações.
Por que as empresas devem colocar as pessoas no centro da estratégia?
Porque essa é a única maneira de a empresa ser competitiva hoje. O acesso ao capital financeiro não garante vantagem por si só. A tecnologia pode ser copiada facilmente. Mas as pessoas são a verdadeira fonte de vantagem competitiva. O dinheiro pode ser