Testes laboratoriais para detecção da actinobactéria
Curso de Pós-Graduação em Microbiologia
Testes laboratoriais para detecção da actinobactéria
Mycobacterium leprae responsável pelo quadro de Hanseníase.
Taíla V. da Silva
Abril, 2012.
Introdução
A Hanseníase é uma doença infecciosa granulomatosa da pele e nervos periféricos, de evolução crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, descrito em 1873 pelo norueguês Amauer Hansen, bacilo álcool-ácido resistênte de baixa patogenicidade e alta infectividade. A transmissão da doença ocorre através do contato direto com pacientes contagiantes não-tratados, ou tratados de forma incorreta.
Segundo a Organização mundial de Saúde (OMS), as maiores prevalências de hanseníase tem se mantido na África, América do Sul e sudeste da Ásia. Foram diagnosticados 296.499 novos casos da doença, em todo o mundo, durante o ano de 2005. Entre os seis países endêmicos que somam 23% dos novos casos detectados em 2005 e 24% dos casos registrados no início de 2006 o Brasil apresentou números elevados de casos registrados e de novos casos diagnosticados.
A hanseníase é uma doença endêmica no Brasil e constitui grave problema de saúde pública, graças à possibilidade de causar incapacidade física permanente e à apresentação de atos níveis endêmicos, com distribuição variada nas diferentes regiões. Esses fatores geram dificuldades para o seu controle epidemiológico.
Desde 1953, foram apresentadas classificações da doença quanto às diferentes formas clínicas, aos achados histopatológico e ao nível de resposta imune do paciente. Entretanto, a fim de estabelecer uma relação entre diagnóstico e tratamento, a OMS propôs uma classificação dos pacientes em paucibacilares (PB), dos quais possuem entre uma e cinco lesões cutâneas e baciloscopia negativa, e multibacilares (MB), dos quais possuem mais de cinco lesões, independente da baciloscopia. A existência de portadores sadios tem sido relatada pelos estudos de DNA