testes de inteligencia
EDIÇÃO
Validade e fidedignidade nos testes coletivos de inteligência*
Murilo Braga
* Esta monografia foi escrita em
1938 e apresentada ao concurso para a carreira de Técnico de Educação do Ministério da Educação. O autor não fez qualquer alteração, embora o trabalho necessite de uma atualização, em virtude dos progressos nesse campo, especialmente com os resultados que os americanos conseguiram durante a guerra.
N.E.: Publicada originalmente na RBEP, v. 12, n. 34, set./ dez. 1948. O texto foi atualizado de acordo com as normas bibliográficas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) e normas de redação atuais; sua estrutura formal foi adaptada ao projeto gráfico da revista, sem comprometimento do conteúdo original.
Ilustração: Fabiano Yoshiyuki Higashiyama
R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 79, n. 193, p. 113-134, set./dez. 1998
Palavras-Chave: teste de inteligência; validade; fidedignidade. O
s testes classificam-se segundo o objeto da prova e a modalidade de aplicação.
Os primeiros resultados de testes coletivos de inteligência foram divulgados em 1913 e desde então têm sido fortemente atacados; todavia, eles desempenham um papel importante na administração e
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Introdução
O teste, sua conceituação
Teste, do inglês test (exame, verificação, experiência, ensaio, prova) e palavra hoje de uso universal, na técnica psicológica, significa prova em condições objetivas. No próprio inglês há uma acepção mais genérica, que é a que foi antes apontada; e uma acepção mais restrita de padrão, bitola. Do ponto de vista da lógica, é qualquer critério ou processo empregado para determinar-se a verdade ou a falsidade de uma hipótese, tanto pela evidência empírica como pelo raciocínio.
Como a objetividade, que é o caráter essencial do teste, em nosso entender, leva à fixação de normas de comparação, a palavra tem sido empregada por alguns autores como prova já aferida ou padronizada. Incluem,