A pesquisa inicial com o rato pressionando a barra da caixa de Skinner demonstrou o papel do reforço no comportamento operante. O comportamento do rato era reforçado cada vez que ele pressionava a barra. Em outras palavras, o rato recebia alimento sempre que executava a resposta correta. No mundo real, no entanto, o reforço nem sempre é assim consistente ou contínuo, muito embora a aprendizagem ocorra e o comportamento persista, mesmo quando o reforço seja interminente. Skinner afirmou: Nem sempre encontramos uma boa camada de gelo ou uma boa camada de neve quando vamos patinar ou esquiar. (...) Nem sempre temos uma ótima refeição nos restaurantes, por que os cozinheiros não são muito previsíveis. Nem sempre que telefonamos a um amigo conseguimos falar com ele, porque nem sempre ele está em casa. (...) Os reforços característicos do trabalho e do estudo são quase sempre interminentes porque não é viável controlar o comportamento reforçando toda resposta. (Skinner, 1953, p. 99.) Pense na sua experiência. Mesmo que você estude sem parar, não conseguirá obter nota máxima em todas as provas. No emprego, mesmo que trabalhe com máxima eficiência, nem sempre você recebe elogios ou aumentos salariais. Assim, Skinner desejava saber de que forma o reforço variável influenciava o comportamento. Será que um esquema de reforçamento ou um determinado padrão é melhor que o outro para determinar as respostas do organismo? A motivação para a realização da pesquisa não surgiu da curiosidade intelectual, mas da conveniência, o que mostra que a ciência as vezes funciona diferentemente da imagem idealizada descrita em muitos livros. Em um sábado à tarde, Skinner percebeu que as bolinhas de ração do rato estavam acabando. Naquela época, ou seja, na década de 1930, a ração animal não era adquirida pronta nas lojas de animais ou diretamente dos fabricantes. O pesquisador (ou o aluno de pós-graduação) tinha de prepará-las manualmente, um processo trabalhoso que