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Sarah de Barros Viana Hissa
Resumo:
A arqueologia é um campo do conhecimento científico que se propõe estudar grupos humanos passados, a partir da materialidade remanescente das atividades destes. Como disciplina científica, vale-se de necessárias convenções de mundo, a partir das quais são construídas descrições, explicações e interpretações. Uma destas convenções gira em torno do conceito de tempo. Desde o advento da industrialização, a intensificação do urbano e do comércio e a secularização e cientificização do pensamento, processos referentes à construção da modernidade, o tempo é concebido principalmente como absoluto e não-humano. Neste sentido, as convenções de temporalidade criadas giram em torno da mensurabilidade, regularidade, previsibilidade e linearidade do tempo. Contudo, esta não é a única concepção de tempo na filosofia, na arqueologia ou mesmo nas ciências exatas, desde a física quântica. Este artigo apresentará duas noções dicotômicas de tempo, como exercício reflexivo, visando lembrar a existência, nas ciências e na arqueologia, de formas de se conceber o tempo, que são relativas e dependentes do ser humano.
Palavras-chave: Tempo, arqueologia, filosofia.
Abstract:
Archaeology is a field of knowledge proposing the study of past human groups, from the material remains of their activities. As a scientific discipline, it uses necessary conventions concerning world views, the object itself, from which descriptions, explanations and interpretations are built. One of these conventions refers to the concept of time. With the processes of industrialization, intensification of commerce and urban life, development of science and secularization of thought, time has been conceived mainly as non-human and in absolute terms. Thusly, temporality conventions consider time’s measurability, regularity, predictability and linearity. However, this is not the only way of understanding time in philosophy, in