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Luis Alberto Peluso (PUCCAMP)
INTRODUÇÃO
Jeremy Bentham foi um dos principais representantes do movimento filosófico conhecido como Utilitarismo, ou Moralismo Britânico ou Pensamento Radical, ou Liberalismo Clássico e algumas vezes referido ainda como Positivismo Inglês. Ele teria sido o fundador da primeira escola de pensamento do mundo Anglo-Americano. Todos os 'membros' dessa escola foram ao mesmo tempo filósofos e cientistas sociais, intelectuais e ativistas políticos. Todos desejavam encontrar soluções que permitissem erradicar a miséria e o sofrimento social da Grã-Bretanha.
Dentre todos eles, J. Bentham parece ter sido o que discorreu mais explicitamente sobre o problema da eliminação da miséria. Ele chegou ao requinte de imaginar políticas que, se colocadas em prática, criariam instituições sociais cuja tarefa seria organizar a pobreza, no sentido de transformar os pobres em agentes produtivos para a sociedade.
Para justificar a tarefa de combater a miséria, J. Bentham somente vê uma saída: transformá-la no motivo da ação de todos os indivíduos bem sucedidos na sociedade.
Nesse sentido, ele defendeu a idéia de que o princípio que rege tanto as ações individuais quanto as sociais é:"a busca da maior felicidade para o maior número de pessoas". Esse princípio de utilidade daria consistência a uma Ética capaz de produzir o melhor dos indivíduos e a melhor das coletividades. Portanto, a busca do prazer pela fuga da dor é o princípio motivador da ação humana, tanto individual quanto coletiva. Disso decorria uma Ética para indivíduos racionais, capazes de buscar seus próprios interesses, amantes da vida. Enfim, uma Ética com todos os ingredientes da visão Iluminista do mundo que teria caracterizado os séculos XVII e XVIII.
Contudo, o Utilitarismo não se esgota