Teste
O tumulto piorou depois que saíra, te empurrei entre a multidão para que conseguisse escapar pela porta estreita e senti um alívio quando te vi sendo puxada por alguns homens lá fora. Talvez sejam bombeiros ou apenas amigos, mas te levaram para longe do inferno que estamos aqui. A fumaça aumentou, tudo parece rodar e os gritos ensurdecem. Só não ensurdecem meu coração, que luta para ficar calminho tentando ouvir o som da tua risada algumas horas atrás, quando te chamei para vir aqui. Sim, fui eu. Pode parecer bobeira agora, você pode dizer que veio porque quis, mas fui eu quem estive lá na sua casa mais cedo te convidando para mais uma noite. E depois das quatro, quando fosse te levar para casa, te roubaria um beijo e entregaria um presente. Só para celebrar a nossa volta depois da briga da semana passada. O que eu quase te roubei, na verdade, foi sua vida. O teu último suspiro. Mas te ouvi gritando lá fora meu nome, pedindo para que os outros me tirassem daqui. E me fez sorrir, porque soube que ainda viveria muitos e muitos anos depois de toda essa confusão. Confusão essa que poderia esperar alguns dias, porque hoje te entregaria uma flor que comprei, tá no porta-luvas, caso ainda a queira. É uma rosa branca, porque sei como acha bonito essas flores que transmitem paz. Queria te entregar ela dizendo que a única paz que eu preciso é a que encontro no teu