SÃO PAULO - Já em cenário favorável com a expansão da classe média e alta demanda por qualificação, as redes de escola de inglês estão aproveitando mais uma tendência: a expansão de cidades pequenas e médias. Com competição acirrada nos grandes centros, a rede CNA, por exemplo, está estimulando franqueados a abrir unidades no interior. O grupo diminuiu o tamanho mínimo da franquia e lançou financiamento subsidiado para viabilizar as escolas. "Estávamos estudando essa possibilidade de franquia menor há dois ou três anos. Agora o modelo está validado e disponível ao mercado", segundo o diretor de operações, Eduardo Murin. Segundo ele, o investimento mínimo passou de R$ 150 mil para R$ 92 mil. Agora, também há possibilidade de abrir escolas com apenas quatro salas, o que viabiliza a implantação de negócios em cidades com menos habitantes. A meta da CNA, que conta hoje com 600 escolas, é abrir 100 unidades por ano. De acordo com o executivo, aproximadamente um quarto da rede, o equivalente a 150 escolas, já está em cidades pequenas. Ele ainda afirma que já há franquias bem-sucedidas em cidades de apenas 40 mil habitantes, como Louveira, que fica a 70 quilômetros da capital paulista. Outra iniciativa da CNA para acelerar sua expansão é oferecer linhas de crédito subsidiadas para a abertura de novas unidades. A rede está subsidiando juros de uma linha pré-aprovada de R$ 150 mil, com seis meses de carência e outros 36 para o pagamento. A linha é fruto de parceria com o HSBC. "O franqueado ainda passa por análise no banco, mas sem os prazos e trâmites comuns", afirma Murin. Na avaliação de Alexandre Pierantoni, sócio da PwC Brasil e líder da área de educação, o potencial de crescimento para as escolas de idioma está mesmo fora dos grandes centros. Com essa penetração em novos mercados e consequente alta no volume de alunos, cresce a atratividade do segmento para investidores. "O mercado de educação e de qualificação como um todo está bastante ativo. Setor