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1 Introdução
O referencial deste trabalho orienta-se nas discussões sobre a atualização da Teoria Crítica na Educação, com enfoque sobre a formação do professor crítico e reflexivo. Muitos autores partem dos pressupostos da Teoria Crítica e discutem um “programa crítico-reflexivo” que define como um contexto principal o compromisso com uma “cultura crítica” para a “apropriação teórico-crítica das realidades” (LIBÂNEO, 2002) sociais e culturais para a formação do professor reflexivo-transformativo.
Encontra-se, exemplarmente, no conceito do “programa crítico reflexivo” (LIBÂNEO, 2002, p.76) como “reflexão dialética” (IBIDEM, p. 57) uma condensação de questões teóricas e práticas relevantes a partir da Teoria Crítica: o trabalho do professor é sempre vinculado aos contextos políticos e socioculturais; ele é imbuído na dialética entre ação instrumental e comunicativa; ele precisa do contexto teórico de uma cultura crítica, que “propícia à autonomia” (IBIDEM, p. 76).
Pretendo relacionar esta temática à “reflexão dialética” da teoria crítica na elaboração de um conceito de professor reflexivo-transformativo, através de aspectos teóricos que se referem às contribuições do seminário (Arbeitstagung) pela passagem dos 100 anos de Adorno, organizado em 2003 por Andreas Gruschka e Ulrich Oevermann na J.W.Goethe Universidade de Frankfurt , e nas suas perspectivas para a formação cultural emancipatória, que se referem à questão: seria possível encontrar na obra de Marx reflexões sobre o entendimento “não positivista” das categorias econômicas e sobre o conceito de reconstrução e apropriação da totalidade como obra do artista, um conceito que T.W. Adorno desenvolveu na sua “metodologia de reconstrução” (OEVERMANN, 2004). Termino com uma breve contribuição sobre um conceito de formação de professor