Teste
No caso do filme O invasor (2001), objeto de nossa análise, estamos diante do nascimento de um tipo de diálogo entre cinema e literatura que se consubstancia de uma forma diversa das demais. Embora na ficha técnica do filme, curiosamente, conste que o filme de Beto Brant foi baseado no romance O invasor de Marçal Aquino, sabe-se, segundo depoimento do próprio romancista, que somente após o lançamento do filme, este decidiu retomar e concluir a narrativa romanesca.
Por outro lado, cabe ressaltar que a qualidade do filme é comprovada pelas diversas premiações que recebeu. Em 2002, O invasor venceu a categoria de melhor filme latino-americano do Sundance
Festival, em Utah, principal mostra de cinema independente dos Estados Unidos. No mesmo ano, o filme foi o grande premiado da 6ª. edição do Festival de Cinema do Recife (PE) nas seguintes categorias: direção, fotografia, montagem, trilha sonora e melhor filme. No Festival de Brasília do
Cinema Brasileiro, O invasor recebeu as premiações de melhor direção para Beto Brant, melhor trilha sonora, prêmio da crítica, de melhor momento do festival e Prêmio Especial do Júri para o ator revelação
Paulo Miklos. Em 2003, o filme recebeu o troféu de melhor filme da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Segundo Rodrigo Fonseca, “caso Beto Brant conseguisse contabilizar, na forma de ingressos, o número de pessoas que assistiu a O invasor em salas de debates, palestras e auditórios de universidades pelo Brasil”, o filme ocuparia, sem dúvida, um lugar de destaque “na lista dos