Teste de Português 7º ano
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TEXTO A
ESCREVER CARTAS É UMA PARTE FUNDAMENTAL DA APRENDIZAGEM
O esforço de escrever cartas, “ de aprender fazendo”, é insubstituível, lembram os psicólogos. Que ainda assim defendem que não podemos diabolizar os computadores. Tomás tem sete anos e nunca escreveu uma carta. “Porquê?” e “para quem?” são as resposta quando lhe perguntamos as razões. Não é caso único. Segundo um estudo no Reino Unido, uma em cada cinco crianças nunca recebeu uma carta e mais de um quarto não tinham escrito uma carta no último ano. Cerca de 10% nunca tinham sequer escrito uma. Com destaque para os rapazes. Pelo contrário, na semana anterior, quase metade dos 1200 entrevistados – com idades entre os sete e os catorze anos – tinham enviado ou recebido mensagens de e-mail ou em redes sociais na internet. Para o psicólogo educacional José Morgado, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), os dados representam também a realidade portuguesa. E os números dos correios confirmam essa perceção, lembra. “Todos usamos cada vez menos o suporte papel, incluindo as crianças. Mas numa fase de aprendizagem isso não é desejável”, explica. “A cabeça e a mão são as bases, e o esforço de escrever uma carta, de aprender fazendo, é insubstituível”, lembra o psicólogo, acrescentando que a maior parte dos especialistas insiste na importância da escrita em papel. “Na aprendizagem, o computador é apenas uma ferramenta. Não é desejável valorizar o teclado em detrimento do papel e há que ter muita prudência”, conclui. Não tem a ver com o desenvolvimento psicomotor, porque há uma “série de gestos que as crianças fazem todos os dias, mas sim com a própria aprendizagem da escrita”, diz. Por outro lado, não podemos diabolizar o computador, alerta, sobretudo quando tantas crianças já têm o seu portátil pessoal, graças a programas como o e-escolas e o