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Universidade de São Paulo
Resumo
O texto apresenta o processo de reconfiguração do sentido e do significado da pesquisa-ação como pesquisa crítico-colaborativa, a partir de duas experiências que coordenamos junto a equipes da universidade e de escolas públicas no estado de São Paulo e discute seu potencial de impacto na formação e atuação docente e seus desdobramentos para políticas públicas de educação.
Preocupados em realizar pesquisas nos contextos escolares de modo a contribuir com suas equipes na compreensão e no encaminhamento de respostas às dificuldades nelas inerentes, encontramos nas abordagens qualitativas o caminho natural. Porém, qual perspectiva adotar? Seria a interventiva? Não nos parecia adequada considerando a tendência desta de se sobrepor às responsabilidades dos profissionais das escolas. Também não nos satisfazia a perspectiva etnográfica, considerando os riscos de nos embrenharmos em infindas descrições dos fenômenos. Também não faríamos estudo de casos. A certeza que tínhamos era a de que queríamos realizar pesquisas com os profissionais nos contextos escolares e não sobre eles. Nossa expectativa era a de contribuir nos seus processos de formação contínua. Parecia então que a pesquisa-ação seria adequada.
Porém, considerando a complexidade de que essa abordagem se reveste, não nos encorajamos, de início, a assim denominar a que utilizaríamos. À medida em que foram sendo desenvolvidas, foi se configurando o que acabamos por denominar de pesquisa-ação crítico-colaborativa. É sobre esse processo que este texto se debruça.
Palavras-chave
Pesquisa-ação crítico-colaborativa — Formação de professores —
Saberes docentes — Didática.
Correspondência:
Faculdade de Educação – USP
Av. da Universidade, 308
05508-040 – São Paulo – SP e-mail: sgpiment@usp.br
Educação e Pesquisa, São