TERPENOS
O nome "terpeno" deriva da terbentina, ou aguarrás, mistura de compostos (na sua maioria terpenos) obtida na destilação da resina. Historicamente a primeira terebentina era obtida pelos antigos gregos a partir do terebinto (Pistacia terebinthus), pequena árvore abundante na região mediterrânica.
Os terpenos propriamente ditos são hidrocarbonetos, constituídos exclusivamente por carbono e hidrogénio, mas frequentemente aparecem moléculas chamadas terpenóides que correspondem a terpenos com um ou mais grupos funcionais como hidroxilo, carbonilo ou outros.
Apesar da grande variedade de terpenos, todos são formados a partir de um pequeno hidrocarbonete cujo nome canónico sería 2-metilbuta-1,3-dieno, mas que, felizmente, tem o nome trivial de isopreno (figura à esquerda).
As unidades de isopreno podem-se ligar em série ou alternadas em oposição, e podem perder algumas das ligações duplas ao formar os compostos. Podem, também, formar anéis.
Os terpenos classificam-se pelo número de unidades de isopreno que os compõem. Por uma questão de tipo histórico, consideram-se monoterpenos os formados por duas unidades de isopreno. Assim, temos a classificação:
Hemiterpenos
Formados por uma única unidade de isopreno. De facto o único hemiterpeno é o próprio isopreno, um dos poucos hidrocarbonetos exixtentes no organismo. Existem, no entanto, diversos derivados, especialmente difosfatos, alcoois e aldeidos que são intermediários em reacções de polimerização.
Monoterpenos
Formados por dois isoprenos. Um derivado muito conhecido é o geraniol, cuja fórmula estrutural aparece à esquerda. O nome alude ao género de plantas Geranium (vulgarmente conhecido como sardinheira). Aparece em muitas plantas, tem um forte cheiro a rosa, e é utilizado em perfumaria e em culinária para