Terminologia sobre deficiência
NA ERA DA INCLUSÃO *
A construção de uma verdadeira sociedade inclusiva passa também pelo cuidado com a linguagem. Na linguagem se expressa, voluntariamente ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiências. Ouvimos e/ou lemos freqüentemente esses termos incorretos em livros, revistas, jornais, programas de televisão e de rádio, apostilas, reuniões, palestras e aulas. SASSAKI (2003, p. 160-165).
Excepcionais foi o termo utilizado nas décadas de 50, 60 e 70 para designar pessoas deficientes mentais. Com o surgimento de estudos e práticas educacionais na área de altas habilidades ou talentos extraordinários nas décadas de 80 e 90, o termo excepcionais passou a referir-se a pessoas com inteligência lógica-matemática abaixo da média (pessoas com deficiência mental) e a pessoas com inteligências múltiplas acima da média (pessoas superdotadas ou com altas habilidades e gênios). SASSAKI (2003, p. 160-165).
A terminologia “pacientes com necessidades especiais (PNE)” vem substituindo os já tão conhecidos e utilizados termos “portadores de deficiência” e excepcionais. Vem sendo evitada também a palavra portadores. A definição de pacientes especiais já está formulada de comum acordo entre as associações de diversos países como a IADH (International Association of Dentirtry for the Handicapped) . O objetivo é a desmistificação de que estas pessoas apresentam deficiência como sinônimo de incapacidade de participação e integração na comunidade como um todo. Serve de alerta para que a sociedade respeite suas limitações e de que elas apresentam necessidades especiais diferenciadas, mas são capazes de oferecer sua parcela a sociedade da qual participam. (FRANCO)
Segundo Fourniol (1998), a visão do excepcional foi fixada em indivíduos com deficiência mental e paralisia cerebral, associada ou não a outras deficiências. O termo excepcional continua com raízes fortes, porque exprime a idéia de que alguém