1-Terminalidade de vida Segundo Gutierrez(2001), a terminalidade de vida é quando se esgotam as possibilidades de resgate das condições de saúde e a possibilidade de morte próxima parece inevitável e previsível. O indivíduo se torna “irrecuperável” e caminha para a morte, sem que consiga reverter este caminhar. Admitir que os recursos para o resgate de uma cura se esgotaram e que o sujeito se caminha para o fim da vida, não dignifica que não há mais o que fazer. Ao contrário, abre-se uma ampla gama de condutas que podem ser oferecidas, tanto ao sujeito que necessita de cuidados quanto seus familiares, visando agora o alivio da dor, diminuição do conforto, mas, sobretudo, a possibilidade de situar-se frente ao momento do fim da vida, acompanhados por alguém que possa ouvi-los e dar suporte. No processo da terminalidade deve-se levar em conta não a qualidade de vida que resta a pessoa, mais sim a qualidade de vida. Uma das realidades mais difíceis com as quais os profissionais de saúde se deparam é que, a pesar dos melhores esforços alguns indivíduos morrerão. E, embora não seja possível alterar esse fato, é possível ter um efeito significativo e duradouro sobre a maneira pela qual o sujeito vive até o momento da morte, a maneira pela qual a morte acontece e as memórias que ficam da morte para a família. A educação, a pratica clinica e a pesquisa sobre o cuidado em fase terminal está evoluindo, a necessidade de preparar profissionais de saúde para o cuidado ao sujeito em fase terminal surge como uma prioridade. Saloum e Boemer (1999) relatam grandes transformações na forma do ser humano entende e lidar com a morte na sociedade ocidental, principalmente ao compreender que de acontecimentos esperados, naturais, compartilhados, a morte passou a ser enfocada como um evento que ocorre, predominantemente, no contexto hospitalar, remetendo a um morrer solitário, institucionalizado. Nas últimas três décadas, cresceu o interesse pela fase terminal, com ênfase