Terceiro mundo
"A América para os americanos". Esse slogan resumia a doutrina lançada em 1823 pelo presidente dos Estados Unidos, James Monroe. A doutrina estabelecia como prioridade, na política externa, a ampliação da influência de Washington sobre os países do continente americano.
Até a primeira metade do século XX, os Estados Unidos de fato garantiram sua hegemonia nas Américas. Mas com a nova configuração geopolítica do planeta, depois da Segunda Guerra, os americanos precisaram reformular sua política externa para fazer frente à expansão do socialismo no mundo. Era o início da Guerra Fria.
[pic]Cuba e o início da Guerra Fria na América Latina
No final dos anos 50, a revolução cubana representou uma ameaça ao controle de Washington sobre os países americanos. Os Estados Unidos não mediram esforços para garantir esse controle, inaugurando a Guerra Fria na América. Nos primeiros anos da Guerra Fria, a Casa Branca já havia demonstrado a disposição de afastar qualquer vestígio de influência comunista na América.
| |Em 1954, na Guatemala, a CIA, o serviço secreto norte-americano, articulou um golpe que depôs o presidente Jacobo Arbenz, eleito em |
| |1950 com apoio dos comunistas. Arbenz , que havia realizado a reforma agrária e expropriado terras de empresas americanas, foi deposto |
| |pelo coronel Carlos Castillo Armas, que implantaria uma sangrenta ditadura no país. Cuba seria o próximo país a sofrer profundas |
| |transformações, cinco anos após o golpe na |
Guatemala. Os guerrilheiros liderados por Fidel Castro e Ernesto Che Guevara, que até então não apresentavam posições esquerdistas, lutavam para derrubar o ditador Fulgêncio Batista.
Sob a ditadura de Batista haviam se multiplicado em Cuba os hotéis de luxo, os cassinos e as casas de prostituição. Grandes plantações exploravam a cultura do tabaco, mas sem permitir