Terceirização
Enviado por Lilian Milena, sex, 28/05/2010 - 15:20
Autor:
Lilian Milena
Pesquisa avalia impacto da contratação de serviços terceirizados em uma empresa de saneamento. O estudo, publicado pela Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional (v.5, mai-ago/2009), revela que existe certo equilíbrio entre os efeitos positivos e negativos da implementação desse sistema.
Os autores Magnus Emmendoerfer e Luiz Cláudio Andrade Silva, da Universidade Federal de Viçosa e Centro Universitário de Belo Horizonte, respectivamente, compararam os resultados dos serviços terceirizados e não terceirizados da companhia de saneamento do estado de Minas Gerais, COPASA, instituição de economia mista, sendo o governo do Estado de Minas Gerais o acionista majoritário:
A empresa foi constituída há cerca de trinca e cinco anos e hoje atua em todo o estado mineiro atendendo a 595 municípios. O processo de terceirização começou no início dos anos 1990, partindo da necessidade de atender a crescente demanda de serviços da região. Os contratos foram fechados para as manutenções em redes de água e redes de esgoto.
Na época, não houve a formulação estratégica ou critérios definidos para a terceirização. No final dos anos 1990, a COPASA contratou a consultoria Coopers&Lybrand, para ajudá-la a reestruturar o sistema de terceirização. Em 2003, a diretoria da companhia decidiu que os serviços estratégicos não seriam terceirizados, entre eles, o tratamento de água, análise de água e diagnósticos de sistemas.
Os pesquisadores constataram no município de Ipatinga (uma das cidades analisadas) que os serviços terceirizados são produtivos, entretanto têm como deficiência retrabalhos frequentes em razão do pouco comprometimento das empresas contratadas. A atenção com a qualidade do trabalho terceirizado acabou se tornando um fator obrigatório para a COPASA, uma vez que o retrabalho gera custos adicionais colocando em risco a terceirização.