Terceira Fase do Plano Real
A terceira fase do Plano Real consiste no período do segundo Governo de Fernando Henrique Cardoso. A partir de 1999 em decorrência do declínio do modelo baseado na âncora cambial, podemos caracterizar essa fase pela substituição do regime de cambio fixo, pelo regime de câmbio flutuante, por elevados superávits primários e pela implantação do sistema de metas de inflação. Nesse período ocorre a desvalorização cambial, onde a gestão da taxa básica de juros passou a ser o principal instrumento de ação do Banco Central que desistiu de vender dólares para segurar o câmbio e assim, o câmbio tornou-se flutuante adotando o tripé macroeconômico: câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário. A busca das metas de inflação tem ocasionado à manutenção de taxas básicas de juros muito altas, o que tem se constituído num desestímulo ao investimento produtivo. E o cumprimento de metas elevadas de superávit primário tem impossibilitado ao Estado realizar investimentos em infraestrutura e aumentar seus gastos. E, assim, com baixas taxas de investimento e gastos do governo deprimidos a demanda agregada não se expande, as taxas de crescimento do PIB e do desemprego foram baixas no período, assim como também, o endividamento externo e a dívida pública, consequentemente a economia fica estagnada.
Em 2002, com a forte redução do crescimento dos países ricos, o ataque terrorista aos EUA, a queda nas bolsas de valores mundiais, a descoberta das fraudes contábeis em grandes corporações, o default da Argentina, a crise energética brasileira e a transição política ora em curso no país, acarretaram nas perspectivas da economia, impedindo assim os avanços na macroeconomia. As