teratologia
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Experiência animal*
Rita Leal Paixão
Professora do Depto de Fisiologia e Farmacologia da UFF, Mestra em Medicina Veterinária,
Doutoranda em Ciências pela ENSP/FIOCRUZ.
“Precisamos conhecer ainda mais sobre os animais para trabalharmos com eles em nossos trabalhos de pesquisa”
Quando Potter propôs o neologismo “bioética” nos anos 70, ele pretendia que essa nova ciência mudasse as relações entre o homem e a natureza. De fato, os anos 70 foram marcados por movimentos que reivindicavam mudanças, tais como o movimento feminista, o interesse pelos direitos civis, a questão do racismo, a atenção para a crise ambiental e a questão da exploração da natureza. É nesse cenário que a questão animal foi possivelmente favorecida e se expandiu no horizonte moral. Trata- se de um período marcado por diversas publicações filosóficas, em sua maioria afirmando a ilegitimidade moral da utilização de animais em experimentos, por pressões exercidas por grupos conhecidos como “movimentos de libertação animal” e preocupações dos cientistas em assegurar o futuro de suas atividades no campo de experimentação animal. Desde então o debate continuou, e não se pretende neste momento explorar argumentos contra ou a favor da experimentação animal, mas queremos chamar a atenção para uma significativa mudança na forma com que a ciência que utiliza os animais deve lidar com esse animal, e ainda, precisamos reconhecer dois aspectos relevantes:
1- o benefício da mudança e
2- que somos responsáveis por torná-la cada vez mais efetiva e visível também em nosso país.
Que “mudança” é essa de fato? O reflexo dessa mudança ocorreu em 1988, quando o
Comitê Internacional dos Editores de Revistas Médicas decidiu que os autores que desejassem submeter para publicação experimentos envolvendo a utilização de animais deveriam