Terapia
Este fascículo, o oitavo e último do módulo A, apresenta uma abordagem condensada das principais indicações clínicas em Pediatria dos antimicrobianos disponíveis em nosso meio. A origem e a classificação segundo a estrutura química, a via de administração, a biodisponibilidade, a distribuição pelos diversos líquidos e compartimentos do organismo, a meia vida, a metabolização, a excreção, a interação com outras drogas, o espectro, mecanismo e potência de ação, a interação com as células e órgãos do hospedeiro, o nome e a apresentação comercial dos antimicrobianos, estão amplamente relatadas nos respectivos fascículos. Os ajustes de posologia em recém nascidos e em pacientes com falência orgânica, não estão consideradas neste texto.
I. PENICILINAS
Penicilina G
É indicada para tratamento de infecções moderadas ou severas, causadas por agentes sensíveis, como os estreptococos hemolíticos dos grupos A, B, C, D (particularmente S. bovis) e G, os estreptococos viridantes, o pneumococo sensível à penicilina, o meningococo, o gonococo sensível à penicilina, o enterococo (E. faecalis, em associação com gentamicina), de infecções causadas por Bacillus anthracis (anthrax, em associação com doxiciclina ou estreptomicina), por bactérias do gênero Leptospira (leptospirose), Corynebacterium diphtheriae (difteria), Pasteurella multocida (relacionada com mordedura animal infectada), Streptobacillus moniliformis e Spirillum minus (causadoras da febre da mordedura do rato), pelas espiroquetas Treponema pallidum (sífilis), T. pertenue (bouba), Borrelia recurrentis (febre recurrente) e B. burgdorferi (doença de Lyme), pelos anaeróbios Actinomyces israelii (e outras espécies do gênero, relacionadas com actinomicose), Clostridium tetani (tétano), Clostridium perfringens (e outras espécies, relacionadas com a gangrena gasosa) e outros, como os Lactobacillus, Fusobacterium, Peptococcus e Peptostreptococcus. Indicada também, para a