Terapia
A Contextualização Histórica do Conceito de Cidadania
As idéias sobre cidadania floresceram em diferentes momentos ao longo da história ocidental, na Grécia antiga, nos burgos da Europa medieval, nas cidades “promotoras” do Renascimento e assim como no período do Movimento Iluminista presenciou-se forte discussão sobre o tema. No entanto, a cidadania moderna, que fundamenta o nosso debate, embora tenha recebido influência destas concepções, possui características próprias de seu tempo histórico. Com isso, dizemos que o conceito do termo cidadania modificou-se, ao longo da história, na medida em que as relações sociais, políticas, culturais e econômicas se tornaram complexas. A seguir, trataremos de apresentar esse percurso na transformação do conceito. De acordo com a concepção liberal, originária do pensamento e conduta ético-moral das transformações ocorridas ao longo da Revolução Industrial, o ser cidadão é definido pelos direitos subjetivos que o indivíduo tem diante do Estado e dos demais cidadãos, ou seja, estes seriam os indivíduos que estariam na sociedade em busca de alcançar suas necessidades privadas, individuais, pois têm como garantia a proteção de um Estado, também liberal, que reconhece os direitos individuais acima dos direitos coletivos Os interesses políticos, administrativos, culturais, entre outros, são sempre disputados por indivíduos privados, que fazem suas escolhas racionais frente ao Estado de Direito. Esta seria a representação da cidadania formal, que dá maior ênfase à garantia dos direitos civis. Direitos tais como: ir e vir, obtenção de documentos, acesso a políticas públicas, educação, saúde, assistência social e transporte Assim, se cada indivíduo é um cidadão livre, igual a seus concidadãos, e pode progredir através de seu trabalho, as instituições públicas devem ser neutras frente às suas escolhas econômicas. Com isso, independentemente de nossas identidades particulares, deve ser levada em