Terapia medicamentosa da insuficiência cardíaca
* Diuréticos
I. Mecanismo de ação
Promovem natriurese, contribuindo para a manutenção e melhor controle do estado volêmico. * Tiazídicos
Seu mecanismo de ação se faz no começo do túbulo distal, ao bloquear o co-transporte de Na+–Cl-. A ação natriurética dos tiazídicos é modesta em relação a outros diuréticos e perdem sua efetividade em pacientes com função renal comprometida (clearance de creatinina < 30 ml/min). Os principais representantes são a hidroclorotiazida e a clortalidona. * Diuréticos de alça
Esses diuréticos determinam aumento da excreção da carga de sódio e mantém sua eficácia, a não ser que a função renal esteja bravemente comprometida. Os principais representantes dessa classe são a furosemida e a bumetamida. Esses agentes aumentam o fluxo sangüíneo renal sem aumentar a taxa de filtração, especialmente após administração intravenosa.
II. Benefícios clínicos
Na IC os diuréticos são raramente utilizados como monoterapia, sendo de preferência associados com IECA e BB. Os diuréticos de alça são freqüentemente utilizados nos pacientes com classes funcionais mais avançadas (III/IV), em decorrência das suas ações:
1) maior excreção de água para o mesmo nível de natriurese;
2) manutenção da sua eficácia, a despeito da disfunção renal que freqüentemente se observa na IC;
3) ação diurética diretamente relacionada à dose utilizada.
Por outro lado, os diuréticos tiazídicos têm sido utilizados nas formas brandas de IC (classe funcional II), com boa eficácia na melhora clínica dos pacientes. Alguns estudos clínicos demonstraram melhora dos sintomas de congestão, aumento da capacidade ao exercício, e redução do risco de descompensação. Os seus efeitos sobre a mortalidade não estão bem definidos, em função da ausência de ensaios clínicos com esta finalidade.
A utilização de doses elevadas dos diuréticos não poupadores de potássio está associada a aumento da mortalidade em longo prazo.
Devido à falta