Terapia Gênica

Características sociológicas da profissão médica
Profissão é uma atividade humana que, mediante um conhecimento especializado, atua naquela realidade a fim de interpretá-la, modificá-la e transformá-la com um fim social. A auto-regulação e autonomia prevalecem nesta relação e são os dois elementos que permitem a profissão recriar realidades. Nenhuma profissão se iguala a medicina no grau de auto-regulação e autonomia.
A medicina possui algumas prerrogativas monopolistas que a diferencia da maioria das profissões. Ela tem, ao longo de sua história, uma notável aliança com o estado e a elite. Adquiriu também grande conhecimento empírico, assim os médicos passaram a praticar a medicina de forma exclusiva, colocando na ilegalidade todos os praticantes empíricos e os curiosos deste ofício.
Advém do monopólio a autonomia técnica e econômica, fundamento da pratica liberal. Ter liberdade de agir, pensar e estipular o valor monetário dos seus serviços é preceito básico de uma atividade liberal e conseqüente autoridade profissional. Autoridade esta que acaba por definir a relação produtor –consumidor ( médico –paciente).
O médico não só exerce autoridade profissional sobre o seu paciente, mas também exerce um forte poder de ação sobre ele, tornando-o consumidor passivo, pouco à vontade para decidir sobre condutas independentes da opinião do seu médico.
Na profissão médica essa capacidade de auto-regular o próprio trabalho é fruto da medicina moderna do século XX e se deu a partir desses pontos:
Crédito Social –Validando os seus serviços como bens sociais capazes de promover desenvolvimento social da coletividade;
Fundar seu conhecimento técnico e profissional na racionalidade cientifica;
Basear a autoridade técnica do médico no conhecimento especializado, na mesma forma que seu trabalho tem em si um forte apelo ético, alicerçado em um código de atitudes profissionais que rege o ato médico.
Elementos fundadores do mercado de trabalho:
Profissionalismo dos serviços