“A teoria crítica da sociedade ou Escola de Frankfurt” A teoria crítica da sociedade – também conhecida como Escola de Frankfurt – recebeu forte influência das ideias do filósofo alemão Karl Marx (1818-1883), principalmente no que se refere a dois conceitos elaborados por esse pensador: a luta de classes e o modo de produção. Em relação ao modo de produção, Marx diz que o modo de produzir riquezas em uma sociedade – em outros termos, a economia – constitui o fundamento, a base dessa sociedade. É o que o filósofo alemão chama de infraestrutura (o que está embaixo, na base de uma sociedade). Essa infraestrutura determina, molda, informa toda a sociedade, todos os setores sociais, todas as instituições, inclusive o modo de pensar e de se comportar, a religião, a ciência e as artes – o que Marx chama de supraestrutura (tudo o que está em cima da base, da infraestrutura). Se o modo de produção for feudal, por exemplo, toda a sociedade que está sobre essa infraestrutura será feudal. Se for capitalista, a sociedade também será capitalista. E assim por diante. No que diz respeito à luta de classes, Marx afirma que toda e qualquer sociedade, em todas as épocas – seja a Grécia antiga, a Europa medieval, uma comunidade indígena ou uma avançada nação contemporânea –, apresenta sempre duas classes sociais: a classe dominante e a classe dominada. Na Grécia antiga, por exemplo, a classe dominante era formada pelos proprietários de terras e a classe dominada, pelos escravos. Na Idade Média, os senhores feudais constituíam a classe dominante, enquanto os servos – que serviam os senhores feudais – compunham a classe dominada. Atualmente, após a Revolução Francesa (ocorrida em 14 de julho de 1789), a classe dominante corresponde à burguesia – os ricos – e a classe dominada são os proletários, os trabalhadores. Essas duas classes, continua Marx, estão em constante conflito: enquanto a classe dominante luta para se manter dominante e explorar os proletários, a classe dominada