Teoricos Sovieticos
Os teóricos enfatizavam o cinema nos campos da técnica, construção e experimento. Para eles, a alquimia da edição (montagem) conferia vida e brilho aos inertes materiais de base do plano individual. Entendiam o plano cinematográfico como algo que adquiria sentido apenas em relação, como parte de um sistema maior.
Kuleshov: Fundador da primeira escola de cinema do mundo; a arte cinematográfica consistia em exercer o controle sobre os processos cognitivos e visuais do espectador por meia da segmentação analítica de visões parciais. O cinema é diferente das outras artes pela montagem, organizando fragmentos em uma sequencia rítmica e com sentido. Criou o experimento “efeito Kuleshov”, que consistia em filmes para gerar emoções e sair do ‘básico’, como um prato de sopa, bebê dentro de caixões para gerar emoções como fome, dor etc. Portanto, a técnica que gerava a emoção, não a realidade. Ainda mais, Kuleshov disse que os atores deveriam se transformar em ‘modelos’, educando o corpo para “alcançar um domínio completo de sua construção material”. O sentido vinha da edição, não da performance dos atores. Kuleshov dizia que o sucesso do cinema americano era pela narrativa rápida e clara, além da montagem invisível e técnicas de montagem bem sucedidas, como sequencias de ação (perseguições, lutas).
Pudovkin: Aluno de Kuleshov, dizia que a chave do cinema estava no controle das percepções e sentimentos por meio da montagem, da encenação e de técnicas retóricas como o contraste, paralelismo e simbolismo. A edição, para ele, lembrava e inventava as mudanças de foco e de atenção, características da percepção cotidiana ordinária.
Eisenstein: (Não confundir com Einstein). O mais influente dos teóricos soviéticos da montagem, adepto do cinema estilizado e intelectualmente ambicioso. Eisenstein enriqueceu o cinema com um cruzamento com outras artes. Pensamento multiculturalista, usando vários tipos de cultura, como o kabuki