Teorias
25/7/2011 7:51, Por CMI Brasil
Por Amanda Marina 25/07/2011 às 10:29
O seguinte artigo propõe uma análise a respeito da realidade atual sob a ótica do sonho marxista. Afinal, estamos no caminho ou não?
Marx, em sua teoria materialista, afirmava que a evolução das formas como o indivíduo produz sua vida material era a base para a transformação das superestruturas política e religiosa. Com ela, anunciou o fim do Capitalismo através da revolução proletária, o germe da destruição de tal modo de produção. No entanto, tal sistema persiste corrompendo instituições e enfraquecendo valores. O motivo para o prevalecimento desse modo de produção é o fato de que a burguesia industrial, mais uma vez, contornou as adversidades e se manteve no poder.
Essa classe malevolamente revolucionária, ao perceber que o operariado estava revoltando-se contra o trabalho excessivo a baixos salários e péssimas condições, tornou-se mais sutil quanto à sua forma de exploração: as fábricas deixaram de ser ?satânicas?, passaram a oferecer melhores condições de trabalho e estimularam seus trabalhadores a qualificarem-se. Porém, essa qualificação seria sempre voltada para a demanda dos meios de produção, os quais agora possuem indivíduos naturalmente disciplinados pela educação familiar e escolar.
Iniciamos assim a era da disciplina científica¹, na qual nos encontramos até hoje. Nela, não precisamos de contramestres para nos exigir disciplina e produtividade, exigimos isso de nós mesmos automaticamente porque agora, como diria Michelle Perrot, nosso contramestre é nossa consciência. Vivemos cada minuto de nossas vidas empenhados em sermos úteis e valiosos para o mercado e dessa forma – apenas dessa forma – sermos alguém, o que, na lógica capitalista quer dizer consumir e ascender economicamente para consumir mais.
Marx não conseguiu prever que a classe burguesa engendraria no proletariado seus valores e daria a ele essa possibilidade de consumo. E dando aos