Teorias sociológicas do trabalho
Karl Marx (1818 – 1883)
Marx, alemão, com formação académica superior em filosofia e direito, era um profundo conhecedor e influenciado pelos ideais da revolução francesa, da filosofia alemã hegeliana e pela economia inglesa, de Adam Smith.
Com este “background” analisa a história humana para defender que é o trabalho e as suas relações que melhor explicam a evolução das sociedades, que tipificou em quatro: a primitiva, a feudal, a capitalista e a, futura, socialista.
A importância do trabalho na evolução social reside no facto de ser este o elemento distintivo do homem com os restantes animais. É através do trabalho que o homem garante a sua sobrevivência e se adapta à natureza e a transforma. É ainda o trabalho que impele e intensifica as relações sociais em trono das atividades laborais e, consequentemente, na formação do tipo de relações sociais exteriores a ele.
Para Marx é o trabalho e as relações sociais específicas que delimitam ou caraterizam os diversos estádios societais, já referidos.
Assim, é a divisão do trabalho que está na génese da organização particular das sociedades (modern), cuja complexificação aumenta em correlação com a maior divisão do trabalho.
Esta divisão determinou uma separação na posse dos meios e fatores de produção, que no capitalismo se cristaliza na burguesia e no proletariado, nos capitalistas e nos trabalhadores.
A individualização do trabalho em série, que o capitalismo intensifica, é analisado por Marx como a causa fundamental da exploração e desumanização do trabalho e do trabalhador, tornando-o alienado, quer quanto aos produtos para os quais contribui na fileira de produção, quer quanto aos produtos que o rodeiam.
Strangleman e Warren tipificam quatro tipos de alienação marxista:
- a alienação pela ausência do controle dos produtores sobre os produtos
- a alienação pela profunda divisão do trabalho – a degradação do trabalho e desidentificação com o produto final
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