O debate acerca das chamadas teorias sociais[1] do envelhecimento traz à tona inúmeras divergências que procuramos assinalar na descrição da categoria envelhecimento. Entretanto, não seria equivocado afirmar que tais teorias reproduzem o embate presente no interior das ciências sociais. O conjunto dessas teorias pode ser agrupado, para melhor compreensão, em 4 segmentos. No primeiro grupo estão as chamadas teorias de adaptação, são as que se baseiam nas concepções de status e funções de Talcott Parsons (1937). As teorias da atividade e do desengajamento são incluídas nesse quadro teórico. Num segundo bloco situa-se a teoria de desenvolvimento do ego com forte conteúdo psicológico (centrado no indivíduo). O principal representante dessa corrente, Erik Erickson (1970) acredita fundamentalmente na estabilidade da identidade do ego no transcorrer de toda a vida, principalmente na velhice. O rompimento dessa estabilidade poderá induzir o indivíduo ao desespero e, em casos extremos, ao suicídio. Outro conjunto de teorias refere-se aos estudos do ciclo de vida consubstanciados nos conceitos de mudança e de individualidade. Nessas teorias “o envelhecimento não significa tornar-se velho, mas tornar-se mais velho“. (DONFUT-ATTIAS, 1980:26) O envelhecimento implica transições mediatas ou imediatas, visíveis ou mascaradas, repentinas ou lentas e progressivas. As transições são definidas, também, pelo periodismo do ciclo de vida, pela troca de papéis ou por acontecimentos. O último grupo de teorias gerontológicas articula a questão do envelhecimento à estrutura social, relacionadas à estratificação social ou à concepção marxista de classe social. Donfut-Attias (1980) fez uma série de palestras no Serviço Social do Comércio - SESC/SP, bastante esclarecedoras sobre a terceira idade, veiculadas numa revista especial. A primeira parte descreve os aspectos demográficos da velhice, apontando a sua relevância na pirâmide etária em todo o mundo. A segunda parte