Teorias sobre o inicio da vida
Várias hipóteses, ao longo do tempo, foram formuladas para se explicar o surgimento da vida em nosso planeta, no qual acreditavam que este processo se dava não só por cruzamentos entre si (biogênese), mas também, a partir de uma matéria bruta(abiogênese). A abiogênese é uma teoria que foi refutada ainda na Antiguidade. Ela consiste na crença de que os seres vivos poderiam ser originados a partir da matéria bruta. Por exemplo: durante muito tempo, acreditou-se que as larvas de mosca presentes em cadáveres em decomposição eram, na verdade, vermes que se originavam a partir deste tipo de material. Grandes pensadores, como Paracelso, Van Helmont e, principalmente, Aristóteles que foi o defensor mais famoso, acreditavam piamente nesta teoria e a utilizavam para explicar a origem de alguns organismos vivos. Aristóteles chegou a afirmar que os crocodilos do rio Nilo surgiram da lama. Paracelso, um médico suíço, chegou a descrever o processo de geração espontânea de sapos, tartarugas e ratos a partir do ar, da água, da palha e da madeira em decomposição. Até mesmo uma “receita“ para criar camundongos foi desenvolvida pelo cientista belga, Van Helmont: uma camisa suada em contato com gérmen de trigo, deixada em um lugar escuro. Entretanto, em meados do século XVII, Francesco Redi, por meio de experimentos, demonstrou que os “vermes” presentes na carne podre eram, na verdade, larvas de moscas que “surgiam” em razão da presença dos animais adultos desta espécie no substrato em questão. Tal descoberta refutou a teoria da abiogênese até o momento em que, com o advento da microscopia, passou-se a indagar a origem dos micróbios e acreditar que tais seres só podiam ser formados por geração espontânea. Para verificar tais indagações, outros experimentos foram feitos. Needham, por exemplo, inseriu caldos nutritivos em tubos de ensaio, aqueceu e isolou-os com rolhas. Após alguns dias,