Teorias sobre curriculo
Uma análise para compreensão e mudança
Nice Hornburg1
Rubia da Silva2
Resumo
Para melhor compreensão do significado do currículo no processo educacional, é necessário conhecer os caminhos pelos quais percorreram seus estudos. Neste artigo, procuramos analisar as teorias sobre o currículo, as suas principais questões e como as mesmas interferem em nossa prática. Por meio delas, podemos perceber a educação sob uma nova perspectiva, com uma visão mais ampla para além dos objetivos apenas de transmissão de conteúdos, bem como compreender que o currículo é cheio de intenções e significados, que compreende relações de poder e de espaço e que envolve aquilo que somos e em que nos tornamos.
Palavras-chave: Currículo. Educação. Conteúdo. Relações de poder. Prática. 1 INTRODUÇÃO
A preocupação com o currículo como objeto de estudo apareceu em torno dos anos de 1920, com mais intensidade nos Estados Unidos da América (EUA), e teve ligação com o processo de massificação da escolarização e com a intensa industrialização. Voltada para a racionalização do processo de construção, de desenvolvimento e de testagem de currículos, essa preocupação partia, principalmente, das pessoas que estavam ligadas à administração da educação. O conceito de currículo como uma especificação precisa de objetos, procedimentos e métodos para obtenção de resultados que podem ser medidos passou a ser aceito pela maioria das escolas, professores, estudantes e administradores escolares. No entanto, como esta questão apresenta grande importância no processo educacional, passou a ser vista como um campo profissional de estudo e pesquisas, fazendo com que surgissem outras teorias para questionar o currículo e tentar explicá-lo.
Essas teorias relacionadas ao currículo tinham, inicialmente, como questões principais: Qual conhecimento deve ser ensinado?, O que os alunos devem saber?, Qual conhecimento ou saber é considerado importante ou válido para merecer ser considerado parte do