TEORIAS MODERNAS DA ADMINISTRAÇÃO
Se aceita, oferta de compra da espanhola Telefónica vai consolidar cenário com três grupos dominando o setor no Brasil.
Quando as negociações entre o grupo francês Vivendi e a telecom para a compra da GVT chegarem ao fim – o que deve ocorrer nos próximos dias –, o mercado de telecomunicações brasileiro terá uma nova cara e ficará, inevitavelmente, mais concentrado. Ao fim deste processo devem restar três grandes grupos fornecendo serviços de telefonia móvel, fixa, banda larga e TV por assinatura no país: o mexicano America Móvil (Claro, Embratel e Net), o espanhol Telefónica/Vivo e a Oi, em processo de fusão com a Portugal Telecom. Quem mais sentirá o impacto da consolidação desses grupos no país – positiva ou negativamente – é o consumidor.
Fusões e aquisições
Modelo de concorrência fracassa 26 anos depois das privatizações
O modelo proposto na época da privatização do Sistema Telebrás, que previa um número maior de empresas competindo, ruiu ao longo do tempo com fusões e aquisições.O que era monopólio até dia 29 de julho de 1998 transformou-se em uma rede de concessão pública a operadores privados. Foram criadas três holdings de telefonia fixa (Tele Centro Sul, Tele Norte e Telesp); uma de longa distância (Embratel); e oito de telefonia celular (Tele Norter, Tele Centro Oeste, Tele Nordester, Tele Leste, Telesp, Tele Sudeste, Telemig e Tele Sul). Para cada uma das 12 companhias foram criadas empresas espelho para atuar em outra banda. A espelho da Embratel, por exemplo, era a Intelig, que mais tarde foi vendida para a TIM. Na telefonia fixa, a empresa vencedora do leilão da Tele Centro Sul foi a Brasil Telecom; da Tele Norte Leste foi a Telemar; e a Telesp foi adquirida pela Telefônica. Brasil Telecom e Telemar deram origem a Oi e a Telefônica, a Vivo.
Com o passar dos anos, restaram apenas quatro grupos – América Móvel (Claro, Net e Embratel), Telefónica/Vivo, Telecom Itália (TIM)