Teorias Linguísticas nas Instituições
A implantação maciça das teorias linguísticas nas instituições de ensino superior no Brasil vem provocando, profundas transformações nos modos de encarar o ensino de língua nas escolas fundamental e media. As contribuições das novas disciplinas surgidas dentro do campo maior da linguística ampliaram o objeto dos estudos da linguagem que, antigamente, se limitava a gramática da frase. Agora se tem procurado muito mais por respostas buscando a compreensão dos fenômenos da interação social por meio da linguagem. Porém há um problema visto que os professores em atividade hoje e que já se formaram há alguns anos atrás aprenderam na universidade a considerar a língua como um fenômeno homogêneo e com uma gramática formal. Ou seja, quando apresentados a essa nova perspectiva muitos ficam chocados e confusos e até mesmo, rejeitam a ideia completamente. E também os que se formam atualmente, ainda não conseguem consubstancia-las em um instrumento pedagógico conciso para a pratica em sala de aula. O que atrapalha é o sistema pouco flexível de ensino nos dias de hoje e extremamente burocratizado que acabando frustrando muitos desses profissionais. E isso vem também da expectativa dos pais que querem que seus filhos aprendam o português que eles aprenderam, ou seja, a gramática normativa. A maioria dos professores que estão se formando agora já tem a noção de que não é mais possível simplesmente dar as costas a todas as contribuições da ciência linguística moderna e continuar a ensinar de acordo com os preceitos e preconceitos da gramática tradicional. Mas até agora a dificuldade esta em concretizar esse novo método de ensino. É possível dizer que a educação linguística de cada pessoa começa logo no inicio da vida, quando, em suas interações com a família, adquire sua língua materna. Porém, não é dessa educação linguística primaria que se trata esse livro, mas de um